China by Lomenso

Narrativas sobre a experiencia cotidiana de uma familia que saiu do Rio de Janeiro para morar em Shanghai e que agora mora em Dalian

2.27.2006

A lingua

Hoje, em plena segunda-feira de Carnaval, comecaram nossas aulas de mandarim na universidade (Shanghai Jiao Tong University – School of International Education – a foto eh da entrada principal do campus, que fica na Xujiahui, um dos principais centros comerciais de Shanghai)! Ha quatro turmas diferentes de iniciantes ocidentais (as outras oito turmas sao destinadas a orientais japoneses e coreanos), cada uma com cerca de trinta alunos, de todos os lugares possiveis do mundo: Brasil (mais dois iniciantes por turma alem de nos), Argentina, Chile, Alemanha, Franca, Canada, Suica, Eslovenia, Turquia, Espanha, e outras nacionalidades que nao conheci!
A professora comecou a primeira aula soltando vairas frases em chines e nao foi correspondida...as duas aulas da manha foram mesmo para treinar os fonemas e conhecer os quatro tons diferentes de cada uma das vogais (breve, longo, curto aberto, crescente e decrescente...), que inclui “a”, “e”, “i”, “o” e dois tipos diferentes de “u” (sendo um deles correspondente ao nosso fonema “u” e outro ao fonema do “u” em frances), alem dos sons peculiares das consoantes e suas combinacoes. Engracado ver um monte de marmanjos comecando a aprender uma nova lingua, do mesmo jeito que as criancinhas fofas chinesas de quatro/cinco anos de idade!
Coisa curiosa eh perceber que a letra “r” e seu correspondente fonema, tao frequente no portugues e na maioria das linguas ocidentais, nao encontra qualquer paralelo quando aplicado a fonetica chinesa. Por essa razao, somada ao fato de que todas as palavras em chines sao muito curtas, “Fernanda” eh um nome quase impronunciavel para os chineses com os quais me deparei ate agora...um deles ate sugeriu que meu nome chines seja “Fefe”, pois segundo ele nomes com duas silabas repetidas soam poeticos (!?).
O fato eh que o chines tem uma pronuncia peculiar, na qual a marca Prada soa como “Plada”, Rolex como “Lolex”, Metro como “Methelon” e por ai vai...sem falar nas maravilhosas adaptacoes de nomes, onde Bob Marley corresponde a “Bobo Marker” e Carrefour vira algo como “Jalefu”!!!! Fui inevitavelmente remetida a infancia povoada de gibis da “Turma da Monica”, sem jamais ter pensado na possibilidade de uma conexao, mesmo que remota, entre a origem do “desvio” (?) fonetico do Cebolinha e a pronuncia dos chineses de Shanghai!

2.26.2006

Hot Pot

A experiencia da sexta-feira a noite foi gastronomica na companhia de nosso amigo brasileiro descendente de chineses (o que aparece rindo na foto, atras do vapor), que, lancando mao de seus conhecimentos como morador de Shanghai ha 3 anos, nos levou a um restaurtante mais chines impossivel, desde os frequentadores ate o cardapio, disponivel somente em caracteres.
Nesse restaurante o principal prato servido eh chamado de “hot pot” (na versao para gringos, claro!) e consiste em um recipiente que no meio armazena carvao aceso e em toda sua volta agua, onde os famintos depositam tudo que pretendem comer...no nosso caso, pedimos tres tipos de verduras diferentes, um tipo de cogumelo comprido e fino (no canto direito da foto), files de peixe, kani kama, varios tipos de carne (de carneiro, de boi e de porco), uns bolinhos feitos sabe se la de que e, por fim, sangue de porco cozido! Mas o sangue de porco, mesmo quando arremesado no recipiente, nao se desfaz, porque o sangue nao eh colocado liquido! O aspecto eh de chocolate e a consistencia de gelatina, porque misturam o sangue com gelatina e depois cortam em cubos para levar a mesa...quanto ao sabor, desculpem, mas nao me aventurei...os que comeram disseram que se desfaz na boca rapidamente e que nao tem muito gosto, mas o pouco que se sente eh um gosto ruim de algo que lembra sangue, mas nao tem o mesmo gosto de sangue humano...humhumhum...delicia!
Mas enfim, o ritual do tal prato lembra muito o do nosso “fondeau”, sendo que aqui so ha um tipo de molho, que na foto aparece em dois potes pequenos no canto esquerdo. Esse molho eh muito cremoso, doce e tem gosto predominantemente de amendoim...na verdade lembra muito o gosto de uma pasta de amendoim. A ideia eh tirar a comida a medida que estiver cozida e comer, mergulhando o que acabou de sair do “hot pot” nesse molho. Confesso que o cozido eh quase sem gosto e a ideia de misturar com o molho totalmente doce nao oferece um sabor dos melhores...
Meus companheiros de “hot pot” se aventuraram, ainda, numa bebida tambem tipicamente chinesa, para completar o jantar chines...eh uma “especie de cachaca chinesa” feita de arroz. O cheiro ja denuncia, a metros de distancia, que o gosto eh fortissimo e totalmente horrivel! Mesmo gostando de muitas das nossas cachacas artesanais de cana, mesmo aberta a novas experiencias, nao consigo nem passar perto dessa cachaca de arroz!

2.24.2006

Trem do povo

Uma das principais recomendacoes que uma grande amiga chinesa – residente no Brasil – me deu ao saber que eu viria pra China foi: jamais viaje na classe economica, porque a experiencia nao eh nada recomendavel! Diante de tais recomendacoes, vindas de uma amiga aventureira que ja viajou meio mundo de mochila, realmente nao havia cogitado pagar pra ver. No entanto, depois de passar um dia inteiro caminhando e conhecendo Suzhou, que fica a uns 40 minutos de Shanghai, num frio de zero graus e um pouco de chuva, chegamos no final da tarde loucos para pegar um confortavel trem (como o da ida para Suzhou) e descansar no conforto do nosso lar! Nao contavamos, entretanto, com a noticia que recebemos da moca do guiche de passagens: so havia vagas no trem que sairia cinco horas depois e mesmo assim so havia lugares em pe! Como nao tinhamos alternativa, compramos as unicas passagens disponiveis (pela fortuna equivalente a R$ 2,00) e esperamos o horario do nosso trem nas cadeiras de uma das “salas de embarque” da estacao de trem de Suzhou. Enquanto isso, e considerando que eramos os unicos gringos de toda a estacao, serviamos entretenimento para os locais, cujos olhares incasaveis nem por um segundo desviavam-se em direcao a outra coisa que nao os extra-terrestres que resolveram pousar na estacao naquele dia. A sensacao de ser o alvo de tantos olhares em um lugar publico lotado ora era de curiosa diversao, ora de franco incomodo.
Passadas as tais cinco horas nessas circunstancias, alinhamo-nos a aparente fila que havia em frente ao portao de embarque do nosso esperado trem com destino a Shanghai. Passados ceca de quinze minutos na fila que nao andava, percebemos que o horario do trem tinha sido modificado no visor, sendo alterado para cerca de vinte minutos mais tarde. Passado esse tempo e depois de ver todos os outros trens partirem no horario programado, um sentimento de impaciencia comecou a surgir no intimo dos estrangeiros extra-terrestres, ao passo que nenhum dos locais na mesma fila pareciam estar incomodados com o atraso injustificado. Atrasos a parte, quando o portao abriu, o que era aparentemente uma fila virou apenas um aglomerado de chineses andando numa mesma direcao, sendo eventualmente surpreendidos por outros que passavam por cima das cadeiras para encurtar o caminho ate o portao de embarque, desconsiderando o fato de que os outros tantos que se aglomeravam na porta do embarque estavam ali ha horas numa fila...o estranho eh que mesmo os que estavam na fila ha tanto tempo pareciam nao se incomodar com o fato de que outros, recem-chegados, passassem-lhes a frente. Tambem o atraso do trem parecia pouco incomoda-los.
Depois da transicao, chegamos enfim a plataforma para esperar o trem. O aspecto externo do trem ja denunciava que a “melhor” parte estava por vir! Assim que o trem parou na plataforma, varias pessoas desembarcaram pela janela com suas respectivas bagagens, enquanto outras se espremiam na porta para tentar sair, ao mesmo tempo que aqueles que queriam entrar se aglomeravam na porta na plataforma, em frente a porta de entrada.
Quando a entrada foi liberada, ninguem sequer pedia o bilhete do trem...os lugares ja estavam todos tomados, mas ainda havia algum espaco em pe! Todos a bordo...o trem nao saia do lugar, mesmo passados uns vinte minutos do embarque e quase uma hora de atraso do horario marcado...ninguem parecia estranhar ou incomodar-se...
Trem em movimento, as pessoas nao paravam de circular nos corredores, eventualmente empurrando com vontade umas as outras, parecendo desconsiderar o consenso, tranformado em lei da fisica, de que dois corpos nao ocupam o mesmo lugar no espaco. Na China, se nao ocupam, no minimo, tentam ocupar!
O trem era nitidamente velho e a velocidade que atingia era inferior a do outro “trem padrao europeu” (ou “trem classe A”)...nao seria muito problema se, alem do atraso e do desconforto, nao fizessem o trem destinado aos pobres parar totalmente no meio do nada, quando o relogio ja marcava 22 horas, apenas para que, pasmem, o “trem classe A”, que vinha atras do nosso, pudesse passar o “trem dos pobres” e chegar na hora marcada a Shanghai!
Pouco depois desse parte inacreditavel da viagem, a que todos pareciam estar muito acostumados, comecaram a varrer o chao do trem, com uma caixa de papelao e uma vassoura...a visao do chao, que estava sendo evitada por nos, era a de todo o lixo que eh possivel produzir numa viagem de trem. Cascas de todas as frutas possiveis, restos de comida, embalagens, garrafas, papel, tudo eh jogado no chao, junto com o produto dos escarros constantes...
De fato, essa experiencia foi a de conhecer o outro lado de uma vitrine, cuja “porta dos fundos” deixa evidente uma desigualdade social gritante.

2.23.2006

Suzhou

Devo confessar que esse relato acontece com um certo atraso, ja que essa viagem foi o programa familiar de domingo. Sabado de noite resolvemos que no dia seguinte de manha acordariamos bem cedo para pegar um trem com destino a essa cidade. Pesquisamos informacoes turisticas no site oficial da cidade e tracamos nosso provavel roteiro turistico.
A cidade de Suzhou fica localizada no delta do famoso Rio Yangtze e seu nome teve origem no “Gu Su Terrace”, um palacio construido por “King He Lu of Wu” (514-496 depois de Cristo), no morro Gu Su, localizado a oeste da cidade. Desde a Dinastia Song, os produtos de seda sao responsaveis por grande parte da fama da cidade. Mas para quem quer conhecer os pontos turisticos da cidade, as grandes atracoes ficam por conta dos enormes jardins, cujos lagos e pontes (muitas delas em zig-zag, ja que os maus espiritos nao fazem curvas!) dividem amplos espacos com inumeras construcoes da arquitetura classica chinesa. Os espacos destinados aos bonsais sao algo inacreditavel... um desses enormes jardins (The Humble Administrator’s Garden) tem mais de 700 (setecentos) bonsais, muitissimo bem cuidados e com formatos admiraveis, sendo um dos quatro pioneiros desse tipo em toda a China. Nao havia qualquer indicacao de tempo/ idade nos bonsais, mas a grossura de alguns troncos nao deixa duvidas das decadas que carregam.
Alem disso, as diversas pagodas – tipo de torre alta (vide foto) – espalhadas pela cidade sao uma atracao a parte...cada uma ostenta uma especificidade: uma delas eh guardia de um Budha sorrindo (Nosth Temple Pagoda), outras sao gemeas e estao alinhadas lado a lado (Twin Pagodas), outras ficaram para serem visitadas no proximo passeio a cidade e a principal eh uma bela pagoda de pedra, construida ha mais de mil anos atras (Tiger Hill) e cuja acao do tempo eh visivel na sua inclinacao (vide foto).
Os templos sao tambem inumeros e muito bonitos...tivemos a oportunidade de ver, por fora, o “Temple of Mystery”, a grandeza da arquitetura impressiona e, lado a lado, divide as atencoes com a rua de principal comercio da cidade...apesar de estar do lado de uma franquia do Mc Donald’s e em frente a uma loja “Adidas”, o templo nao perde a sua beleza e nem por isso se torna menos carcteristico. A construcao eh imponente e os devotos sao inumeros, disputando espaco para acender velas em pequenas construcoes em formato de hexagono, cujos vidros guardam o famoso simbolo ying-yang. O cheiro de incenso se espalha pela enorme area e a vontade eh de ficar por la mesmo!
Outro aspecto da cidade que chama muito a atencao sao “rickshaws” – especie de pequena carroca, em geral de dois lugares, puxada por uma bicicleta. Andamos em um deles e a sensacao eh uma delicia! Mas eh claro que provocam um certo receio no meio do transito, ja que os “motoristas” nao param o veiculo por nada, senao para comecar o esforco triplica, entao eh melhor acreditar que os motoristas de onibus e caminhoes que tem suas frentes cortadas pelos “rickshaws” estao mesmo acostumados com esse meio de transporte e tem compaixao com seus passageiros!
Por fim, nao poderia deixar de mencionar uma das principais atracoes da cidade: os canais e pontes, que estao espalhadas em muitas partes da cidade. Dizem os guias turisticos que a cidade eh tambem chamada de “Cidade das Pontes” ou “Veneza do Oriente”. Andar de barco pelos canais tambem ficou para a proxima visita...voltamos correndo pra estacao, na esperanca de pegar um trem de volta para shanghai no final da tarde...cenas do proximo capitulo!

2.22.2006

NEVE EM SHANGHAI!!!


Por dois dias consecutivos fomos acordados pela noticia da neve caindo do lado de fora da janela!!! Na sexta-feira (17/02), dava pra ver um pouco de neve voando da varanda daqui de casa...colcavamos o braco pra fora e a roupa ficava cheia de pontinhos brancos, bem pequenos, mas com aquele formato que parece um asterisco! Saimos logo depois na esperanca de encontrar neve, mas o Sol ja tentava sair nas brechas das nuvens...
No dia seguinte, no sabado (18/02), fomos acordados muito cedo pra ver, denovo da nossa varanda, a neve caindo! Ddessa vez eram flocos bem maiores, constantes e que deixavam a paisagem esbranquicada, como se ve na foto, que foi tirada daqui de casa. Todos esses telhados que estao brancos na foto, tem cores totalmente escuras nos demais dias sem neve.

2.15.2006

Mercado de tecidos

Fomos conhecer, com a ajuda de uma brasileira que mora aqui ha alguns meses, um mercado enorme onde todas as barracas vendem tecidos, mas tambem costuram o que o cliente quiser. Trata-se de um enorme galpao com centenas de barraquinhas, uma colada na outra, com varios exemplares prontos expostos e a venda. Ha desde ternos, casacos de couro e de inverno ate fantasias! Considerando que os chineses sao eximinos copiadores, voce so precisa levar uma foto, uma pagina de revista ou um desenho para que eles facam um exemplar identico!
Esse lugar fica bem perto da orla do rio, mas longe da parte turistica, conhecida como “Bund”, que eh o principal cartao postal da cidade. Ao contrario da parte “vitrine” da cidade, nessa zona da cidade eh possivel ver nitidamente a pobreza das construcoes e moradias, assim como a desigualdade social.
Depois do passeio pelo mercado, resolvemos subir uma das ruelas pobres ao redor para comer alguma coisa. Para nossa sorte, foi o dia mais quente do inverno ate agora – a temperatura estava em torno de 17 graus! Aproveitamos o tempo bom para sentar em um tipico restaurante chines em uma mesinha na calcada e comer um macarrao recheado com verduras, servido dentro de uma sopa. A visao era a mais chinesa possivel...os paneloes na calcada, na vizinhanca as carnes dividiam com as roupas o espaco no pequeno varal – que impedia a passagem dos transeuntes pela calcada –, bicicletas por todos os lados, bancas de frutas do outro lado da rua, chineses cortando o cabelo no meio da rua, enquanto outros nos olhavam espantados...No meio disso tudo, enfim, conseguimos tirar foto de um chines de pijama na rua (vide foto acima)! Olhando bem da pra reparar que o pijama eh feito de um tecido mais grosso, pro inverno mesmo...pena que esse estava tao disposto a passear pela rua de pijama que colocou tenis, ao inves de sair de pantufas! A nossa amiga brasileira que fez um curso com um chines sobre costumes locais, disse que esse habito deles sairem de pijama comecou logo apos a Revolucao Cultural, quando eles so tinham uma roupa pra usar: o uniforme militar. Parece que pouco depois disso, quando eles nao tinham mais a obrigacao de usar o uniforme, a unica alternativa para sair de casa era o pijama, porque eles nao tinham nenhuma roupa alem do uniforme, e o costume de sair de casa de pijama acabou se perpetuando ate hoje...

2.11.2006

DVD


No aspecto cinematografico, os cinemas aqui nao parecem ser uma boa opcao de lazer e muito menos uma forma de se manter atualizado das ultimas producoes. A maioria dos filmes que passam nos cinemas locais sao producoes nacionais e as excecoes sao os filmes americanos tipicamente comerciais.
Levamos algum tempo para descobrir que os DVDs sao uma excelente opcao de lazer num inverno congelante como o de Shanghai. Desde o primeiro por aqui sabiamos que ha DVDs sendo vendidos em todas as esquinas, mas tinhamos todas as desconfiancas possiveis quanto a qualidade, da mesma ordem daquela geralmente destinada aos vendedores de DVD de rua do centro da cidade no Rio de Janeiro.
Talvez por certa ingenuidade ou por total ignorancia quanto aos costumes locais, passamos dias e dias passando em frente a uma pequena loja com varios cartazes de filme colados do lado de fora (vide foto) e nossa impressao sempre foi a de que se tratava de uma locadora de DVD. Chegamos a debater sobre como fariamos nossa inscricao na suposta locadora, para preencher eventuais formularios, etc.
Na verdade so descobrimos que locadoras desse genero nao existem por aqui quando conhecemos as enormes colecoes de DVDs que todos os estrangeiros que moram por aqui tem! Foi nesse momento que tivemos ciencia de que cada DVD custa o equivalente a metade de uma locacao de DVD no Brasil!
Nao me lembro ao certo qual foi o filme de estreia da nossa colecao, mas posso afirmar que fomos felizes quanto a qualidade da maioria deles. A unica restricao de qualidade parece ocorrer em relacao aos filmes mais recentes, que ainda estao em cartaz nos cinemas. Esses parecem ter qualidade duvidosa…em um dos casos, por exemplo, compramos um filme com legenda de outro nada a ver e, em outro caso mal sucedido, a legenda nao correspondia as falas, mas era relativa apenas ao contexto! Ouvimos falar sobre casos mais bizarros, nos quais o “produtor” do DVD teve a brilhante ideia de filmar, no proprio cinema, o filme e fazer a gravacao da sessao de cinema para o DVD! Nesses casos, a sensacao de estar no cinema era tamanha que a sonoplastia incluia a mastigacao de pipoca!
Mas tudo bem, porque se voce comprar DVD em lojas, voce pode pegar o cartao da loja e trocar se o filme estiver com problemas! Ontem mesmo fui a uma loja para fazer uma troca e assim que entrei abordei a vendedora com gestos complexos e indignados, apontando para o DVD e exclamando: “Bu hao” (= ruim). A moca da loja foi muito solicita e imediatamente me respondeu: “You can change”!